A Cimeira do Clima da COP28, realizada no Dubai e presidida pelos Emirados Árabes Unidos, chegou a um acordo histórico que propõe a eliminação gradual dos combustíveis fósseis como parte dos esforços para alcançar a neutralidade carbónica até 2050. Aprovado por cerca de 200 países, o acordo do Balanço Global reflete o reconhecimento da urgência em reduzir substancialmente as emissões de gases de efeito estufa.

Pela primeira vez, o texto final da COP faz menção explícita ao abandono dos combustíveis fósseis, marcando um passo significativo na luta contra as alterações climáticas. Além da eliminação dos combustíveis fósseis, o acordo ressalta a urgência em acelerar a transição para fontes de energia mais limpas, com a redução progressiva do uso de carvão nos sistemas energéticos. Contudo, não foram definidos objetivos vinculativos e incrementais para o fim gradual desses combustíveis, optando-se por uma "transição para o abandono".

O presidente árabe da COP, Sultan Al-Jaber, descreveu o acordo como histórico e agradeceu a todos os envolvidos pelo esforço conjunto. A aprovação do texto foi precedida por intensas negociações, onde se procurou preservar o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris: limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

Apesar dos avanços, houve reações mistas por parte de ativistas e organizações não-governamentais. Alguns consideram o acordo como um passo importante na era do fim dos combustíveis fósseis, enquanto outros expressam preocupações com a falta de compromissos concretos e iniciativas para atingir o pico de emissões até 2025.

O presidente das Nações Unidas, António Guterres, expressou otimismo, afirmando que, embora o acordo não atenda totalmente às expectativas, o fim gradual dos combustíveis fósseis é inevitável. O comissário europeu para a Ação Climática, Wopke Hoekstra, destacou a importância do acordo ao determinar o "início do fim dos combustíveis fósseis".

Em resumo, a COP28 encerrou com um compromisso global para a transição para o abandono dos combustíveis fósseis, marcando um avanço significativo, mas sujeito a críticas devido à ausência de metas vinculativas e à necessidade de uma ambição mais robusta. A pressão internacional continua para que líderes mundiais encontrem soluções eficazes na luta contra as alterações climáticas.


Fonte: APA, United Nations Climate Change, Zero, EURO News.

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