Poupar energia em casa
Poupar energia em casa
Poupar Energia
Medida de baixo custo
Implementação rápida
Ganhos energéticos moderados

A energia veio possibilitar a melhoria do conforto e bem-estar em casa. Temos uma multiplicidade de eletrodomésticos que simplificam e agilizam as nossas tarefas diárias, quando está frio, podemos ter a casa mais quente, quando chove podemos secar a roupa na máquina de secar e quando faz calor, ligamos o ar condicionado.

Contudo, estes ganhos podem representar faturas de eletricidade elevadas e uma despesa significativa para as famílias.

É, por isso, muito importante, adotar comportamentos para reduzir e fazer um uso mais eficiente da energia, o que não implica uma redução no nível de conforto em casa. As medidas de eficiência energética que dependem do comportamento de cada um e que facilmente podem ser adotadas por todos, têm um baixo custo de investimento e só precisam de uma mudança permanente de atitude.

 

Conheça alguns exemplos de comportamentos a adotar, com foco em medidas de baixo custo a implementar em casa:

 

1. Equipamentos elétricos

O consumo dos equipamentos elétricos e eletrónicos, numa habitação, representa 20% do consumo total de energia.

Os grandes eletrodomésticos são responsáveis por uma parcela significativa do consumo total de energia em casa: equipamentos de refrigeração e congelação de alimentos, máquinas de lavar e secar roupa e máquinas de lavar a loiça.

Os pequenos eletrodomésticos, como o micro-ondas, exaustor, fogão, placa, aspirador, ferro de engomar e televisores, embora individualmente consumam uma quantidade relativamente baixa de energia comparativamente a grandes eletrodomésticos, quando usados frequentemente ao longo do tempo, podem resultar em consumos consideráveis.
 

1.1 Equipamentos de refrigeração e congelação de alimentos

O frigorífico está ligado 24 horas e todos os dias do ano, sendo dos eletrodomésticos com maior consumo de energia. O frigorífico com e sem congelador, combinados e com arcas congeladoras consomem em média um terço do consumo total de energia.

Cuidados a ter:

  • Mantenha a temperatura do seu frigorífico entre 3ºC e 5ºC e a do congelador a -18ºC. Ter a temperatura desadequada origina aumentos desnecessários na sua fatura de eletricidade.
  • Evite abrir a porta do frigorífico muitas vezes e durante muito tempo. Quando a porta está aberta, o ar quente entra no frigorífico e o ar frio sai, fazendo com que a temperatura no interior aumente e, consequentemente, o frigorífico terá de consumir mais energia para voltar a estabilizar a temperatura. A porta aberta durante 10 segundos aumenta o consumo energético entre 0,2 a 0,8%.
  • Por fim, faça uma boa manutenção da limpeza do congelador e frigorífico. A acumulação de gelo reduz a circulação do ar frio.  Se a camada for superior a 2 mm, o equipamento de refrigeração irá consumir mais 10% de energia, se superior a 5 mm consumirá mais 30%. Não se esqueça de desligar o aparelho da tomada para fazer a higienização, sempre que notar que tem muito gelo acumulado.

1.2 Máquinas de lavar a loiça

A máquina de lavar a loiça é dos equipamentos que mais portugueses usam, e um dos principais consumidores de energia na cozinha. Cerca de 90% do seu elevado consumo de energia vem dos ciclos de aquecimento de água para lavar e de ar para secar a loiça. Por isso, a temperatura dos programas das máquinas, é o aspeto mais importante a considerar, para poupar energia.

Além do consumo de energia, é importante considerar, igualmente, o consumo de água da máquina de lavar loiça, que também pode ser significativo. Se optar por lavar a loiça na máquina em vez de a lavar à mão, pode poupar até 80% do consumo de água e até 40% do consumo de eletricidade, isto se considerarmos a utilização da máquina com carga completa e a uma baixa temperatura.

Escolher secar a loiça de forma natural, através da abertura da porta da máquina, permite uma poupança no consumo de energia de 50% em cada ciclo de lavagem.

Não se esqueça de limpar com alguma regularidade o filtro, para melhorar o desempenho energético das máquinas.

1.3 Máquinas de lavar e secar a roupa

Em 2020, 93,5% dos agregados familiares possuía máquina de lavar a roupa e 24,2% tinha máquina de secar. A máquina de lavar a roupa representa 5% do consumo total de energia de uma casa, sendo que cerca de 90% é relativo aquecimento da água, sendo a temperatura a que coloca o programa da máquina o aspeto mais importante para poupar ao usar a máquina de lavar a roupa.

Para baixar o consumo de energia da máquina de lavar roupa, deve-se fazer programas com temperaturas mais baixas (30º) e com  uma carga completa poupar também no consumo de água. O programa a 30º C irá reduzir o consumo de energia em cerca de 60%, comparativamente ao programa de 60º C.

De forma complementar prefira secar a roupa ao ar livre ao invés de utilizar a máquina de secar.

1.4 Fornos elétricos

Na preparação de alimentos o equipamento elétrico que se destaca é o forno, estando presente em 52% das habitações, seguido da placa e do fogão. Apesar de se tratar de equipamentos com uma utilização periódica, o seu elevado consumo de energia merece a nossa melhor utilização, a saber:  

  • Aproveite o forno para cozinhar vários pratos ao mesmo tempo.
  • Evite abrir a porta do forno. Cada vez que abre a porta, o equipamento perde 25% do calor, o que significa um maior consumo energético para atingir a temperatura inicial.
  • Desligue o forno 5 a 10 minutos antes do fim da confeção, de forma a aproveitar o calor para acabar de cozinhar.
  • Adicionalmente, sendo esta uma medida de custo elevado, se for possível opte por comprar fornos com convecção forçada de modo a ter ventiladores internos que permitem uma distribuição e circulação do ar quente reduzindo o tempo de confeção.

1.5 Consumo silencioso

O consumo de energia stand-by pode variar significativamente entre os diferentes tipos de equipamentos e as suas especificações. Em média, estima-se que os equipamentos elétricos em stand-by utilizam entre 5% a 10% da energia, que consomem quando estão em pleno funcionamento.

Desligue os dispositivos elétricos que não está a utilizar ou desconecte completamente os que têm uma pequena luz acesa - em modo de espera. Estes pequenos gestos podem proporcionar até 10% de desconto na sua fatura mensal.

O cálculo do seu consumo em modo de espera ou “stand-by” pode ser calculado pela multiplicação da potência do equipamento (informação dada geralmente no manual de instrução) pelo número de horas que está a trabalhar, agora imagine este número multiplicado pelos dias do mês, somado com os demais aparelhos que têm este consumo de energia silencioso.

Como exemplo prático, uma televisão com uma potência em modo stand-by de 5 watts que esteja em modo stand-by durante 20 horas por dia tem um consumo stand-by total ao fim do dia de 100 Wh (5 watts x 20 horas), se multiplicar por 30 dias terá o consumo médio mensal, que neste caso seria de 300 Wh (100 Wh x 30 dias), o que corresponde a 3 kWh. De uma forma hipotética caso o valor por KWh fosse de 0,15 cêntimos, estaríamos a gastar 0,45 cêntimos por mês em consumo stand-by só da televisão, o que ao fim de um ano corresponde a 5,40 euros.

2. Equipamentos de aquecimento e arrefecimento ambiente

O aquecimento ambiente é responsável por 23% do consumo total de energia em casa, e o arrefecimento por cerca de 2%. O conforto térmico é um bem-essencial nas habitações, no entanto, fruto das condições de conservação e construção de muitas casas em Portugal, grande parte da população recorre a equipamentos de aquecimento e arrefecimento.

Em Portugal, os equipamentos de aquecimento de ambiente mais utilizados (64,8%) são em primeiro lugar os aquecedores elétricos independentes, e depois as lareiras com recuperador de calor e sistemas de ar condicionado (24,2% e 19,2% respetivamente). As outras opções de sistemas de aquecimento escolhidas pelos portugueses são as caldeiras (16,6%), lareiras abertas (15%) e as salamandras (9,3%). Finalmente, as bombas de calor e os sistemas solares térmicos prevalecem como as escolhas menos populares, e representam somente 1,1% e 0,2%, respetivamente, dos sistemas de aquecimento nas habitações portuguesas.

Por outro lado, para o arrefecimento de ambiente a maioria dos portugueses opta por ventoinhas ou ventiladores (58,8%), por ar condicionado com arrefecimento e aquecimento (45,4%) e por ar condicionado só com arrefecimento (7,3%).

Independentemente da sua escolha no equipamento para aquecimento e arrefecimento de ambiente, regular a temperatura em casa é fundamental quer para a eficiência energética, quer para o conforto dos moradores. Ao ajustar adequadamente a temperatura, é possível evitar o desperdício de energia e reduzir os custos de aquecimento e arrefecimento. É recomendável manter a sua casa entre os 19 ºC e 21 ºC no inverno e entre 22 ºC e 24 ºC no verão.

Com o vestuário e a ventilação adequados, pode evitar o grau extra na temperatura, que resulta num aumento significativo na sua fatura.

Evite abrir as janelas com os aparelhos de aquecimento ligados: a diminuição de 1ºC na temperatura de funcionamento do ar condicionado, corresponde a uma poupança de 7% no consumo de energia, deste equipamento.

Se tem uma caldeira a gás, faça uma manutenção adequada e poupe 15% no consumo de energia.

Opte ainda por instalar válvulas termostáticas e termóstatos programáveis nos radiadores e poupe entre 8% e 13% do seu consumo de energia. Não cubra os radiadores nem encoste nenhum objeto, para não dificultar a adequada difusão do ar quente.

Finalmente, não se esqueça de desligar os sistemas de aquecimento e arrefecimento sempre que se ausentar, e 10 a 15 minutos antes de sair de uma divisão, desligue os aparelhos.

3. Águas quentes sanitárias

O aquecimento de águas sanitárias é um processo, em que é consumida grande quantidade de energia, e que representa 20% do consumo total de energia. O esquentador continua a ser o equipamento mais utilizado no aquecimento da água (67,3%), à frente das caldeiras e termoacumuladores (16,7%). Os sistemas solares térmicos, desde 2010, registaram um aumento de utilização, sendo que, em 2020, 8% das habitações já tinham este tipo de sistema.

Saiba como adotar comportamentos mais eficientes, no aquecimento da água em casa.
 

3.1 Regulação da temperatura

Aquecer a água a uma temperatura muito alta, consome mais energia do que a necessária, e desperdiçar este recurso, aumenta a despesa em casa. Por outro lado, aquecer a água a uma temperatura muito baixa pode não ser suficiente para as necessidades diárias e resulta certamente em desconforto. Ajustar a temperatura do equipamento de aquecimento de águas, permite obter um equilíbrio entre eficiência energética, segurança e conforto. Uma boa prática, é regular a temperatura do seu equipamento de aquecimento de águas, entre os 55 ºC e os 60 ºC.

 

3.2 Duche

O consumo de energia e de água para os banhos sofre influência de diversos fatores, nomeadamente a opção entre o banho de imersão ou duche, a duração do banho, o tipo de chuveiro utilizado e a temperatura. Ainda que opte pelo duche, que consome menos água e energia, é importante reduzir a duração e manter a temperatura baixa, para ter ganhos de eficiência.

Com a redução de 5 minutos no tempo do duche pode poupar 5% do seu consumo de energia. A instalação de redutores de caudal nas torneiras e reguladores de temperatura com termostato consegue-se uma redução do consumo de energia entre 4 a 6%.

No que diz respeito ao consumo de água, a quantidade utilizada durante o duche depende principalmente do caudal do chuveiro e da duração do banho. Chuveiros com um caudal mais elevado, tendem a consumir mais água. Reduzir o tempo de duche e utilizar chuveiros com baixo caudal, são medidas eficazes para reduzir o consumo de água durante o banho.

4. Iluminação

O consumo de energia associado à iluminação nas habitações corresponde a 2% do consumo de energia total. A variação no consumo de energia da iluminação, depende de diversos fatores, como o tipo de lâmpada utilizada, a potência da lâmpada, o tempo de uso e a quantidade de lâmpadas em funcionamento.
 

4.1 Substituição de lâmpadas

As lâmpadas fluorescentes são menos eficientes e consomem mais energia, comparartivamente a outras alternativas disponíveis. Uma lâmpada LED, apesar de mais cara, vale o investimento, uma vez que permite poupar até 80% da energia consumida com uma durabilidade muito superior.

O LED (díodo emissor de luz) designa-se por não emitir grande quantidade de infravermelhos, por consumos mínimos e pela elevada longevidade. Pode fornecer a mesma luminosidade que uma lâmpada comum de 60 watts, mas consome apenas 3 watts.

4.2 Aproveite a luz natural

Aproveitar a luz natural em casa essencial, quer do ponto de vista económico, quer do ambiental. Reduza o consumo de luz artificial para quando (e onde) for estritamente necessário e aproveite a luz natural.

A adoção de cores claras nas paredes e tetos, reflete a luz e otimiza o efeito da luz natural.

Manter as entradas de luz, com janelas e claraboias limpas e desobstruídas, pode contribuir para uma poupança no consumo de energia entre 20 a 80%.

Fonte: ERSE, Fatura Amiga, Poupa Energia, DECO Proteste, Porto Energy Hub
Tome nota

Estamos cada vez mais preocupados com o meio ambiente, mas esta preocupação não é suficiente se não for acompanhada de uma ação. Vivemos num padrão de consumo excessivo. Fazer uma redução consciente do consumo de energia, terá uma consequente redução da quantidade de energia necessária a ser produzida, o que desencadeará uma diminuição da emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera. O consumo consciente e responsável de energia é fundamental e uma prioridade.

Este site utiliza cookies da Google para disponibilizar os respetivos serviços e para analisar o tráfego. O seu endereço IP e agente do utilizador são partilhados com a Google, bem como o desempenho e a métrica de segurança, para assegurar a qualidade do serviço, gerar as estatísticas de utilização e detetar e resolver abusos de endereço.