No momento de escolher o seu comercializador opte por um de dois mercados: o mercado livre e o mercado regulado. Conheça as diferenças entre ambos e fique a saber que, no site da ERSE, encontrará toda a informação sobre os comercializadores que atuam em cada um destes mercados (ERSE - Comercialização).

Mercado Livre

No mercado livre os comercializadores têm autonomia para definir os preços e condições comerciais, respeitando as regras de concorrência, a lei geral e o Regulamento das Relações Comerciais.

Em janeiro de 2022, o mercado livre registou cerca de 5,4 milhões de clientes. Este valor representou um crescimento de 1,9% em número de clientes, relativamente a janeiro de 2021. Em adição, registou-se um aumento de 0,7% em consumo. A quase totalidade do número de clientes do mercado livre concentra-se no segmento dos clientes residenciais, que representaram 98,9% do total de clientes deste mercado. Em janeiro de 2022, o mercado livre representou mais de 85% do número total de clientes e cerca de 94% do consumo em Portugal Continental.

Mercado Regulado

No mercado regulado, a tarifa regulada é definida anualmente pela ERSE, podendo ser revista trimestralmente através do mecanismo de adequação da tarifa de energia previsto no Regulamento Tarifário do Setor Elétrico. Nem todas as empresas estão presentes neste mercado, e as que estão são designadas de comercializadores de último recurso (CUR). Estes clientes representam um consumo anual de 5,9% do consumo total de energia elétrica de Portugal continental.

Em janeiro de 2022, o mercado regulado registava cerca de 927 mil clientes, valor que representa uma quebra de 3,3% em número de clientes comparativamente com janeiro de 2021. Por outro lado, houve um aumento de 16,4% em consumo, relativamente a janeiro de 2021.

A passagem progressiva para o mercado livre tem tornado a carteira dos CUR, concentrada nos clientes domésticos. Os restantes segmentos representam cerca de 0,3% do número total de clientes, sendo esperado que este valor seja continuamente mais próximo de um valor nulo à medida que se tornem efetivas as consequências da extinção de tarifas transitórias para estes segmentos.

Para saber se é vantajoso mudar para o mercado regulado aconselhamos a consultar na sua fatura a informação sobre a diferença entre o valor a pagar apresentado e o valor que pagaria se tivesse contratada a tarifa equiparada à tarifa de mercado regulado. Desse modo, pode ver se está a pagar a mais do que se tivesse uma tarifa regulada.

Neste momento, está previsto que a tarifa regulada vigore até 31 de dezembro de 2025.

O primeiro passo para saber como escolher o fornecedor de eletricidade é perceber o seu perfil de consumo de energia, para poder escolher a tarifa que melhor se adequa à sua situação.

Existem três tarifas: a simples (em que o valor a pagar pela eletricidade é o mesmo independentemente do dia e hora em que efetua o seu consumo), a bi-horária e a tri-horária (a eletricidade consumida tem dois ou três preços associados conforme o dia e de acordo com os diferentes períodos horários). Deve escolher a melhor tarifa de acordo com os seus consumos e das horas do dia em que são feitos, nomeadamente horas de vazio, fora de vazio e cheias.

Consulte o tema "Tarifas e períodos horários" para saber mais.

Nem sempre a tarifa bi-horária ou tri-horária fica mais barata. Se o consumo for desadequado vai acabar por pagar mais.

O preço é importante, mas não é a única variável que deve considerar. Compare outros aspetos contratuais, como:

• Serviços adicionais;
• Serviços prestados;
• Periodicidade de faturação;
• Opções tarifárias;
• Prazos e modalidades de pagamento;
• As condições em caso de rescisão.

Importa sublinhar que todos os comercializadores são obrigados por lei a disponibilizar uma ficha contratual padronizada que resume as principais características do contrato. Solicite-a antes de comparar ofertas e escolher o novo comercializador.

Ao preencher o contrato verifique se constam os dados do fornecedor, a data de início e especificação dos serviços fornecidos e as suas características. Deve ainda incluir informações sobre os custos a pagar e outros encargos, bem como tarifas e preços.

Na celebração de um contrato de fornecimento de eletricidade, é necessário escolher a potência a contratar. O valor de cada escalão de potência contratada varia consoante o comercializador. Desta forma, no processo de escolha da potência contratada, pesquise diferentes ofertas.

A escolha da potência contratada irá determinar o número de equipamentos elétricos que podem estar ligados em simultâneo. Existem 13 escalões diferentes, pelo que cada escalão corresponde a um valor fixo na fatura mensal de eletricidade, sendo que, quanto maior o escalão de potência contratada, maior será o seu custo.

Assim, e de acordo com as suas necessidades, opte pelo escalão que mais se adequa aos seus hábitos de consumo.

Se o quadro elétrico disparar por ter vários equipamentos ligados em simultâneo, pode ser necessário optar por um escalão mais elevado de potência contratada. Mas se esta for uma ocorrência que não acontece com frequência durante o ano, basta que evite ter os equipamentos ligados em simultâneo. Caso o seu quadro elétrico nunca tenha disparado, contacte o seu comercializador e experimente um escalão de potência contratada inferior.

Habitações de pequena e média dimensão e instalações monofásicas, geralmente estão limitadas a potências contratadas entre 1,15 kVA e 10,35 kVA. Habitações com uma maior dimensão e instalações trifásicas, estão limitadas a uma potência contratada entre 10,35 kVA e 41,4 kVA. Para saber se tem uma instalação monofásica ou trifásica, informe-se com o seu comercializador ou técnico, responsável pela sua instalação elétrica.

Para conhecer o escalão de potência contratada mais adequado à sua situação, e o que isso representa em termos de poupança ao reduzir o seu escalão,  recorra ao simulador de potência contratada da ERSE.